quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A INEVITÁVEL REFORMA DO ESTADO

1.

(Sol, 8 Nov 2013, pg55)
FRANCISCO SARSFIELD CABRAL
TENTAR PERCEBER

A INEVITÁVEL REFORMA DO ESTADO

«Infelizmente mais tarde do que seria desejável, a bem ou a mal teremos de reformar o Estado»

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« Só que o ânimo reformista de Governo de Sócrates cedo se esfumou.
Com as eleições em 2009, esse Executivo encontrou no pânico gerado pela falência do Lehman Brother, em 15 de Setembro de 2008, uma excelente desculpa para gastar à vontade.»

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«Para o Governo de Sócrates foi uma espécie de luz verde para gastar, embora pouco em políticas anti-cíclicas (se comparado com o que se fez na economia americana ou britânica) e muitoem investimentos de duvidosa justificação.

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 Assim disparou o endividamento.
Com a crise das dívidas soberanas (isto é, dos Estados)na zona euro, a partir de 2010, tudo mudou. Daí o programa de assistência a Portugal, a troika, a austeridade, etc.»
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«É que, apesar dos cortes, o nosso Estado gasta mais do que os portugueses aceitam pagar em impostos. E o envelhecimento da população aumenta os encargos e diminui as receitas da segurança social.»
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2.

(Expresso>Primeiro caderno, 2 Nov 2013 pg03)
RICARDO COSTA

A REFORMAA SEGUE DENTRO DE MOMENTOS

«O documento de Portas já foi analisado de todas as formas e feitios. Mas convém perceber que os defeitos do texto não escondem o óbvio: uma qualquer reforma do Estado vai acabar por acontecer»

3.

(Expresso >Primeiro caderno, 2 Nov 2013, pg11)
FERNANDO MADRINHA

O MANIFESTO DE PORTAS

«A reforma do Estado foi anunciada há um ano, mas não se chamava reforma do Estado. Era a "refundação do memorando de entendimento   e tinha como objetivo, claro e preciso, a redução de 4 mil milhões de euros na despesa pública permanente.»
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4.

Sol,8 Nov 2013, pg18
DAVID DINIS
MEMORIAL DE SÃO BENTO

600 EUROS PORQUÊ?

«Estávamos em 2011 e o governo apresentou o seu primeiro Orçamento, cortando os subsídios de férias e Natal a funcionários públicos e pensionistas.»
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«Nesses dias Seguro conseguiu uma coisa: passar dos 485 euros para os 600 o limite a partir do qual havia um corte; e dos mil euros para os 1.100 a fasquia a partir da qual os subsídios eram inteiramente cortados.»
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«Seguro tem que pôr o PS ao serviço do país, sob pena de ficar como Hollande, paralizado pelo medo e pela retórica»


5.

(Expresso>Primeiro Caderno, 2 Nov 2013, última pg.)
HENRIQUE MONTEIRO

MALÉFICOS PRIVADOS

«Há uma frase em Portugal que destrói qualquer ideia. É a frase: "querem entregar aos privados!."
Quem não souber o idioma até pode pensar que ' privados' se refere a uma seita maléfica.
Mas os célebres 'privados' são afinal...a sociedade. Convenço-me de que se - por absurdo! - as lojas de roupa, as mercearias ou os restaurantes fossem públicos, e se se propusesse que passassem a ser privados, as mesmas vozes se ergueriam...»

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