quarta-feira, 6 de novembro de 2013

COMPILAR E REFECTIR

TEMPO DE COMPILAR E REFECTIR

1.
RECEITAS, DESPESAS E DÉFICE PÚBLICO
www.pordata.pt > Contas Nacionais > Administrações Públicas > Despesas, Receitas e Défice Público. Última actualização: 2013 - 09 - 30.

              RECEITAS             DESPESAS           DÉFICE PÚBLICO
2009        66.728,1               83.874,4               -17.146,3

2010        71.991,2               89.018,8               -17.027,6

2011        77.043,2               84.422,7                 -7.379,5

2012        67.574,3               78.243,8               -10.669,5     Valores Pro 
Unidades: Milhões de euros. 

1.1
   Em 2013 a troika empresta mas exige como condição (5,5% do PIB) cerca de 8.900 Milhões de euros.

    E em 2014 (4% do PIB) cerca de 6.700 Milhões de euros.

Em 2009 e 2010  pedimos o Défice Público (17.146,3+17.027,6) 34.173,9 Milhões de euros.
Agora, além de sermos forçados pela troika a  pedir cada vez menos, temos de pagar juros! E, as PPP que irão começar, em 2014!...

1.2
Empréstimo da troika só cobre metade das necessidades do Estado...

Lusa  16 OUT 2013.
www.ionline.pt/dinheiro-orcamento-estado-2014/empre...

...
« No final do ano, o Governo continua a esperar gastar mais dinheiro com juros e outros encargos com a dívida pública portuguesa que em 2013, mais 6,4% ou 436 milhões de euros. A fatura final deverá rondar os 7.239 milhões de euros...»
...

1.3
Relembrando da Mensagem de Ano Novo do Presidente da República em 1 de Janeiro de 2013:

« A dívida do Estado ultrapassa o total da produção nacional durante um ano.Os juros absorvem 20% do total dos impostos que são cobrados.»

Quando transcrevi este dado na entrada de 20 de Junho, cheguei ao valor dos juros orçamentados para 2013:  7.276 Milhões de euros.

1.4
Pires de Lima: Custo com as PPP sobe 700 milhões em 2014.
www.jornaldenegocios.pt/ 11 Outubro 2013. 

1.5
Ouro faz aumentar a dívida externa para nível recorde.
www.jornaldenegocios.pt  09 Outubro 2013.
...
«Segundo dados do boletim estatístico do Banco de Portugal, a posição líquida de investimento externo, ou seja, o indicador que mede o balanço de todos os activos e passivos de Portugal face ao exterior, registou uma degradação de 5.700 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano face ao final de 2012, atingindo um valor negativo de 198.500 milhões de euros, ou 121,3% do PIB.»
...

1.6
Estado tem que arranjar 72,5 mil milhões nos próximos dois anos
www.expresso.sapo.pt  10 Outubro 3013
João Silvestre

«As contas do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgadas hoje apontam para necessidades de financiamento do Estado de 72.500 milhões de euros em 2014 e 2015».
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«O Fiscal Monitor coloca Portugal como um dos países avançados mais vulneráveis em termos orçamentais. Apenas quatro outras economias (Bélgica, Grécia, Japão e EUA) estiveram sempre no "vermelho" em termos de indicadores de vulnerabilidades desde 2009.»


1.7
 Regling: Portugal receberá 3,7 mil milhões "nas próximas semanas".
www.jornaldenegocios.pt  14 Outubro 2013.

KLAUS  REGLIND, que antes era o responsável máximo do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e agora é o Director executivo do menanismo de resgate europeu, afirmou:
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 «Para Portugal, nas próximas semanas vamos desembolsar 3.700 milhões de euros, o que eleva o desembolso acumulado para 24.800 milhões de euros desde 2011, e deixa 1.200 milhões para o próximo ano, no primeiro semestre, claro que sempre ligado a condicionalidade, ou seja, a avaliações positivas da implementação do programa de ajustamento, indicou.» 


2.
LUÍS MARQUES
MASSA CRÍTICA

MOMENTO DA VERDADE

Expresso > Economia 26 OUT 2013, pg12.

...
«Os números oficiais do défice de 2012, divulgados esta semana pelo Eurostat, ajudam-nos nessa missão, onde há boas notícias e se antecipam péssimas novidades. O défice de 2012 está oficialmente fixado em 6,4% do PIB, o quarto mais elevado dos países do euro e quase o dobro da média europeia. É bom ou mau?
Em si mesmo é péssimo.
Comparando com o passado recente é excelente. Vejamos porquê.
Em 2009, no auge das loucuras praticadas pelo governo de José Sócrates, o défice foi de 10,2% do PIB. Quer isto dizer que o Estado português para poder funcionar precisou de pedir emprestado cerca de 18 mil milhões (Ver em 1. acima, exactamente 17.146,3 milhões)  de euros.
Três anos depois o Estado reduziu as suas necessidades de financiamento em 6.500 milhões de euros, fixando-as em 11.500 milhões de euros. Políticas à parte, trata-se de um esforço notável numa economia frágil como é a portuguesa.
Seguido esta trajetória, Portugal atingiria o número mágico de um défice orçamental de 3% em 2016.
Mas é exatamente aqui que acabam as boas notícias.»
... 
«O governo tinha previsto reduzir os consumos intermédios do Estado em 2013 num montante de 178 milhões de euros.»
...
«É mais fácil reduzir salários e pensões do que cortar no resto.»
...


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