EXPRESSO ECONOMIA 12 ABR 2014 pg 06
JOÃO SILVESTRE E JORGE NASCIMENTO RODRIGUES
PORTUGAL PRECISA DE €37.100 MILHÕES ATÉ 2017
2015 €8.000 MILHÕES DE EUROS
(+ €7.000 MILHÕES DE EUROS JÁ COBERTO)
2016 €14.800 MILHÕES DE EUROS
2017 €14.300 MILHÕES DE EUROS
«ENTRE 2015 E 2017, A AGÊNCIA DE GESTÃO DA TESOURARIA E DA DÍVIDA PÚBLICA (IGCP) VAI TER QUE EMITIR DÍVIDA NO VALOR DE €37 MIL MILHÕES PARA ASSEGURAR O FINANCIAMENTO DO ESTADO, QUE TERÁ PELA FRENTE AMORTIZAÇÕES DE DÍVIDA E DÉFICES ORÇAMENTAIS.
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O GROSSO DAS NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO ANUAIS( CERCA DE €10.000 MILHÕES, EM MÉDIA) ESTÃO RELACIONADAS COM OBRIGAÇÕES DO TESOURO (OT) QUE CHEGAM À MATURIDADE.
HÁ TAMBÉM EMPRÉSTIMOS DO FMI QUE COMEÇAM A SER PAGOS A PARTIR DO PRÓXIMO ANO E QUE EM 2017 REPRESENTAM JÁ UM VALOR NA ORDEM DOS €3.500 MILHÕES DE EUROS.
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AS CONTAS DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL (FMI) VÊM CONFIRMAR AQUILO QUE JÁ SE SABIA: O ESFORÇO QUE PORTUGAL TERÁ DE FAZER PARA CONSEGUIR CHEGAR A 2030 COM UMA DÍVIDA DE 60% DO PIB É PRATICAMENTE IMPOSSÍVEL.
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PARA A DÍVIDA NACIONAL CHEGAR AOS 60% DO PIB É NECESSÁRIO QUE O SALDO PRIMÁRIO ESTRUTURAL PASSE DOS 1,6% DO PIB DE 2014 PARA 5,7% EM 2020 E DEPOIS SE MANTENHA NESSE NÍVEL DURANTE UMA DÉCADA.
DESDE O FINAL DOS ANOS 70, O MELHOR QUE PORTUGAL CONSEGUIU FORAM 2,8% EM 1988, DE ACORDO COM AS SÉRIES DA COMISSÃO EUROPEIA.»
2.
OBSERVADOR.PT 24/5/2014
SAÍDA LIMPA NÃO FOI PACÍFICA: REGLING CONTESTOU MARIA LUÍS NO EUROGRUPO
«...
NA MENSAGEM SOBRE O FINAL DO PROGRAMA DE RESGATE DE PORTUGAL PUBLICADA PELO MEE, KLAUS REGLING DEIXOU NOVO ALERTA: "É PRECISO CONTINUAR OS ESFORÇOS PARA ULTRAPASSAR OS PERSISTENTES NÍVEIS ELEVADOS DE DÍVIDA PÚBLICA E PRIVADA, PARA GARANTIR A SUSTENTABILIDADE ORÇAMENTAL E PARA REDUZIR OS ATUALMENTE ALTOS NÍVEIS DE DESEMPREGO".
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O PRESIDENTE DO EUROGRUPO, JEROEN DIJSSELBLOEM, DISSE QUE TOMAVA NOTA DO "OTIMISMO DO GOVERNO PORTUGUÊS" E QUE O APOIAVA, MAS ERA PRECISO TER ATENÇÃO ÀS FINANÇAS PÚBLICAS E NÃO SE PODIAM VOLTAR A GASTAR O QUE NÃO SE TINHA.
...
»
3.
JORNAL DE NEGÓCIOS 8 MAI 2014, pgs 24 e 25
RUI PERES JORGE, EM BRUXELAS
ENTREVISTA KLAUS REGLING
PRESIDENTE DO FUNDO DA ZONA EURO AVISA QUE SEM CRESCIMENTO A ECONOMIA PORTUGUESA NÃO É VIÁVEL.
REFORMAS ESTRUTURAIS TÊM DE CONTINUAR
«KLAUS REGLING FALOU COM O NEGÓCIOS, EM BRUXELAS, DURANTE QUASE UMA HORA, NA TERÇA FEIRA, O DIA SEGUINTE À APROVAÇÃO PELO EUROGRUPO DA 12ª AVALIAÇÃO DO PROGRAMA PORTUGUÊS.
...
»
PERDÃO DE DÍVIDA DA UE: "NÃO VAI ACONTECER"
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P.
PORTUGAL TEM NECESSIDADES DE FINANCIAMENTO BAIXAS ESTE ANO E NO PRÓXIMO, MAS DEPOIS DE 2016 PRECISARÁ DE FINANCIAR-SE EM 16 A 17 MIL MILHÕES DE EUROS POR ANO. ISSO É MUITO MAIS DO QUE PORTUGAL ESTAVA HABITUADO ANTES DA CRISE. É UM RISCO?
R.
O NÍVEL DE DÍVIDA É ELEVADO E POR ISSO PODERÃO EXISTIR PICOS DE REFINANCIAMENTO, MAS AO MESMO TEMPO O DÉFICE DEVERÁ BAIXAR MAIS E PORTUGAL DEVERÁ ATINGIR UM EXCEDENTE PRIMÁRIO.
QUANDO ESTENDEMOS AS MATURIDADES PARA PRÓXIMO DE 22 ANOS, OLHÁMOS COM MUITA ATENÇÃO PARA O PERFIL DE AMORTIZAÇÕES E TENTÁMOS SUAVIZAR ESTE EFEITO.
NO FIM DO DIA TUDO DEPENDERÁ DA SITUAÇÃO NOS MERCADOS, O QUE É SEMPRE UMA COMBINAÇÃO DA VISÃO GERAL DOS MERCADOS SOBRE A EUROPA, MAIS A SITUAÇÃO ESPECÍFICA DO PAÍS, E ISSO DEPENDERÁ DO PROGRESSO NAS REFORMAS.»
...
P. UMA LINHA CAUTELAR, QUANTO CUSTARIA?
R.
ATÉ O DINHEIRO SER NECESSÁRIO E LEVANTADO, UMA LINHA CAUTELAR NÃO CUSTA QUASE NADA. A EXPECTATIVA É QUE NÃO SEJA NECESSÁRIA, E NESSE CASO NÃO É COBRADA QUALQUER TAXA DE JURO.
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»
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P.
«O PRÓXIMO ORÇAMENTO É DECISIVO PARA PERCEPÇÃO DESSA DETERMINAÇÃO EM PORTUGAL?
R.
É CERTAMENTE UM PASSO IMPORTANTE.
...
QUALQUER DESVIO A ESTE CAMINHO SERÁ VISTO NEGATIVAMENTE.»
4.
EXPRESSO, ECONOMIA 31 MAIO 2014 pg 24
LUÍS MIRA AMARAL
AJUSTAMENTO À PORTUGUESA (I)
«DIZ-SE QUE ESTAMOS PIOR DO QUE NO INÍCIO DO PROGRAMA DA TROIKA.
TAL TERIA SEMPRE QUE ACONTECER, QUALQUER QUE FOSSE O AJUSTAMENTO, POIS NÓS TÍNHAMOS EXCESSO DE DESPESA PÚBLICA EM RELAÇÃO ÀS RECEITAS (DÉFICE PÚBLICO) E OS PORTUGUESES CONSUMIAM MAIS DO QUE PRODUZIAM (DÉFICE EXTERNO).
HÁ TRÊS ANOS VIVÍAMOS ARTIFICIALMENTE MELHOR DO QUE AGORA, PORQUE VIVÍAMOS A CRÉDITO!
...
A ÚNICA AUSTERIDADE EXPANSIONISTA EM QUE ACREDITO ERA UM CORTE A SÉRIO NO MONSTRO PÚBLICO.
TINHA À MESMA EFEITOS RECESSIVOS MAS COMEÇARIA A RECUPERAÇÃO COM UM NÍVEL DE DESPESA PÚBLICA MUITO MAIS BAIXO. INFELIZMENTE, NÃO VOLTARÁ A HAVER CONDIÇÕES POLÍTICAS FAVORÁVEIS...»
EXPRESSO, ECONOMIA 31 MAIO 2014 pg 24
LUÍS MIRA AMARAL
AJUSTAMENTO À PORTUGUESA (I)
«DIZ-SE QUE ESTAMOS PIOR DO QUE NO INÍCIO DO PROGRAMA DA TROIKA.
TAL TERIA SEMPRE QUE ACONTECER, QUALQUER QUE FOSSE O AJUSTAMENTO, POIS NÓS TÍNHAMOS EXCESSO DE DESPESA PÚBLICA EM RELAÇÃO ÀS RECEITAS (DÉFICE PÚBLICO) E OS PORTUGUESES CONSUMIAM MAIS DO QUE PRODUZIAM (DÉFICE EXTERNO).
HÁ TRÊS ANOS VIVÍAMOS ARTIFICIALMENTE MELHOR DO QUE AGORA, PORQUE VIVÍAMOS A CRÉDITO!
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A ÚNICA AUSTERIDADE EXPANSIONISTA EM QUE ACREDITO ERA UM CORTE A SÉRIO NO MONSTRO PÚBLICO.
TINHA À MESMA EFEITOS RECESSIVOS MAS COMEÇARIA A RECUPERAÇÃO COM UM NÍVEL DE DESPESA PÚBLICA MUITO MAIS BAIXO. INFELIZMENTE, NÃO VOLTARÁ A HAVER CONDIÇÕES POLÍTICAS FAVORÁVEIS...»
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